Projeto Hidrossanitário

Projto Hidrossanitário

O projeto hidrossanitário é responsável pelo dimensionamento das tubulações do sistema de abastecimento de água, esgotamento sanitário e de instalações de águas pluviais.

Ou seja, hidro = água; sanitário = relativo à saúde, ele corresponde a toda a ligação da casa ao recebimento de água do município e sua liberação para as redes pluviais e de esgoto, seja pública ou particular (fossa, filtro e sumidouro ou vala de infiltração)

O que deve conter um projeto hidrossanitário?

Elaborado de acordo com as exigências referentes a higiene, economia e segurança, o projeto deve apresentar a locação de ralos, caixas de passagem, gordura, inspeção, filtros e demais elementos. Além disso, devemos verificar quais materiais e peças serão especificados, gerando assim uma lista de materiais, os quais serão utilizados para executar a obra.

Qual a importância de um projeto hidrossanitário?

O projeto hidrossanitário é necessário em todas as construções, pois é por meio dele que são especificados todos os fluxos de água que percorrem a edificação. Ou seja, esse detalhamento consiste na exposição de água pluvial, água fria e quente, esgoto e água de reuso.

Um projeto Hidrossanitário contempla todas as etapas de dimensionamento e cálculos para o bom funcionamento das instalações. Deste modo, essas etapas seguem as normas dos elementos hidráulicos, sanitários e pluviais da construção civil.

Dessa forma, é função do engenheiro responsável atingir o melhor custo /benefício, desenvolver um bom projeto e reduzir possíveis problemas futuros, que vão desde ruídos e vibrações nas tubulações, até a saída descontínua de água nos pontos terminais.

Um bom projeto Hidrossanitário deve respeitar algumas normas, regida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, como:

Norma Brasileira 5626/1998: estabelece exigências e recomendações relativas ao projeto, à execução e à manutenção da instalação predial de água fria.

NBR 7198/1993: fixa as condições técnicas mínimas quanto à higiene, à segurança, à economia e ao conforto dos usuários, pelas quais deve-se projetar e executar as instalações prediais de água quente.

Norma Brasileira 8160/1999: estabelece as exigências e as recomendações relativas ao projeto, à execução, ao ensaio e à manutenção dos sistemas prediais e de esgoto sanitário.

NBR 10844/1989, fixa as exigências necessárias aos projetos das instalações de drenagem de águas pluviais.

Sistema Hidráulico

Na elaboração do sistema hidráulico, deve ser feito o traçado dos tubos. Por isso, esse contém os seguintes elementos:

Prumadas: são formados por tubulações principais, trazendo a água do reservatório superior;

Pontos de água: são os pontos que alimentam os elementos de utilização;

Ramais de distribuição: são os alimentadores dos pontos, em todos os cômodos necessários.

Assim, possibilita-se a delimitação de cada trecho de tubo, de acordo com o uso nos pontos terminais, alocando todas as conexões necessárias e melhorando o funcionamento da rede. Por isso, todo esse sistema deve ser feito em desenho isométrico, com o objetivo de facilitar a execução do projeto.

Sistema sanitário

A criação do sistema sanitário necessita também de um traçado em planta, que determina o caminho que o resíduo doméstico percorrerá até chegar à rede pública ou ao sistema individual de esgotamento sanitário. Isto é, o traçado do sistema sanitário divide-se entre o esgoto primário, que está em contato com gases, como os vasos sanitários e as caixas sifonadas. E o secundário, que não tem acesso aos gases devido a uma camada de água que protege a instalação. Dessa forma, o sistema opera segundo os seguintes componentes:

Ramais de descarga: são os canais ligados ao aparelho sanitário;

Ramal de esgoto: é o canal que recebe o efluente do ramal de descarga;

Ramal de ventilação: interliga os aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação, permitindo a emissão dos gases para a atmosfera e a entrada de ar no interior das tubulações, aliviando a pressão existente;

Tubo de queda: é um tubo vertical que recebe efluentes de ramais de descarga e de esgoto;

Subcoletor: é o canal que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda;

Coletor: é a tubulação compreendida entre a última inserção de subcoletor ou caixa de inspeção geral e a rede pública ou o sistema individual;

Portanto, com o traçado em mãos, é possível dimensionar cada tubulação, com base nos tipos de aparelhos sanitários que lançarão águas cinzas (qualquer água residual originada a partir de processos domésticos, exceto dos vasos sanitários) ou negras (resíduos líquidos de água contendo matéria fecal e urina). Enfim, todo esse sistema deve ser feito detalhadamente, em maior escala, para que todas as conexões e as tubulações sejam visualizadas corretamente pelo executor da obra.

Sistema pluvial

O projeto pluvial, resumidamente, consiste na definição de calhas, tubos e conexões necessárias para o levar a água da chuva até o local de interesse. Isto é, seja um reservatório de reaproveitamento ou a rede de drenagem pública.

Assim, essa disposição de calhas depende da vazão máxima de contribuição do telhado que, por sua vez, depende do regime de chuvas da região onde está a construção.

Dessa forma, percebe-se que a elaboração desse projeto dependente de vários fatores externos e de um amplo conhecimento técnico do projetista. Além disso, algumas práticas de uma boa engenharia, devem ser levadas em consideração, como a separação das águas cinzas das negras. Dessa maneira, evita-se erros nas obras, otimizando as instalações e deixando mais tranquila a vida na edificação.